quarta-feira, abril 9

Semana Leticia Descontrol



Nós duas somos amigas pro que der e vier, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza...

E esse papo de na saúde e na doença é tão real, que uma vez ela teve sarampo e eu nem liguei de ir lá visitá-la. E na dor somos amigas também por que já fizemos algumas coisas doloridas juntas também.

E já que revivi algumas histórias do Carnaval, vou desenterrar um dos nossos mais destemidos carnavais: o Carnaval de 1998 - Missão Ilhabela.

Como eu disse, somos amigas na dor também, especialmente por que uma das coisas doloridas que já fiz, fizemos juntas, e aconteceu nesse Carnaval. Foi um furo na cartilagem da orelha. Duas mulheres, bêbadas, melhores amigas, achando aquele Carnaval o melhor da vida delas, em frente a uma drogaria, o que pensam em fazer? Sim, uma lembrança. E claro, pra quem já tinha inúmeros furos na orelha (na época eu tinha 3 furos em uma lado e 2 no outro), o furo tinha que ser na cartilagem (não me perguntem por que não fomos num body piercing, esse é o tipo de coisa que na hora a gente nem pensa...).

Estávamos em Caraguá originalmente. Mas o Carnaval de lá me deu tantas dores de cabeça (um chupão na coxa, feito por um "cano chupador de água" da piscina, e muita espuma de Carnaval, por que os homens olhavam pra mim e me achavam com cara de "Gata Molhada" e resolviam me atacar com aquelas espuminhas que eu O-D-E-I-O), que resolvemos ir para Ilhabela, onde a minha mãe estava nessa casa fenomenal e com uma lanchinha a nossa espera. Chegamos lá na última noite de Carnaval, Terça Feira, desesperadas por um pouco de agito e insanidade. E claro, conseguimos.

Ilha Bela fervia de gente, saímos de casa para a balada a pé mesmo, por que não eram nem 2 quarteirões de distância da Vila. Primeira parada da noite: barraca de caipirinhas. Tomamos todas e mais algumas na maldita da barraca, saímos de lá sem rumo, perdidas, e claro, bêbadas.

O mais engraçado, era quando dava vontade de fazer xixi. Ao invés de usar aqueles banheiros de balada, porcos e sujos de Carnaval, voltávamos para casa, já que eram só duas quadras da Vila. E sempre, eu repito, sempre, íamos cantando: - Meu cabelo duro é assim, cabelo duro de pixaim...

Segunda parada, drogaria, por que amiga que é amiga se marca para lembrar dos bons momentos...depois de tudo isso: balada. Nos jogamos no povão de uma maneira que foi até engraçada. Foi uma beijação sem fim...e eu, claro, sempre precavida resolvi marcar um ponto de encontro no caso de perder a Lê de vista, o que na atual conjuntura não era difícil.

5 e tralalá da manhã, resolvemos voltar pra casa de vez (e não para fazer xixi). Na esquina da rua da casa, fomos paradas por esses dois mocinhos (dos quais eu não lembro o nome, e se dêem por feliz de eu lembrar da história!), e claro, eu beijei um, e a Lê outro. Eu lembro de vê-la do outro lado da rua, com o mocinho dela, e derrepente não vê-la mais. Ela jura que lembra de mim do outro lado da rua beijando um mocinho e derrepente não me ver mais. Como as duas estavam bêbadas eu não sei qual das versões é verdade...

Enfim, nos perdemos, e ela foi ao ponto de encontro que eu nem lembrava mais que existia. No desespero ela voltou pra casa, onde minha mãe nos aguardava anciosamente na porta. E eu, um tempo depois resolvi ir pra casa também.

O esporro foi homérico, e quando ela viu as "lembranças do Carnaval" então, rolou a possibilidade de Ilhabela inteira ouvir:

- Que absurdo, duas meninas de 14 anos!!! Chegando em casa nessas condições!!! E pra completar, com um prego na orelha, que horror, o que a mãe da Leticia vai me dizer?? Eu vou botar vocês de castigo, e bla bla bla.

Uma coisa que eu nunca vou esquecer, é a mãe da Leticia dizendo: - Que bonitinho!!!! Quando viu a nossa "lembrança de Carnaval".

Os outros dias foram "tranquilos". Não tinha muito o que fazer, a cidade tinha esvaziado, e passamos o resto da semana andando de lancha, nadando, tomando açai, e claro, ficando moreninhas. E é óbvio que nunca íamos conseguir fazer essas coisas acima, sem ter uma história engraçada no meio.

Fomos andar de lancha, e paramos na Praia Brava (percebam o nome). Eu lembro de ver de longe as ondas quebrando bem próximo da areia. Toda lancha tem um bote, e a nossa não podia deixar de ter.

Bote + Leticia e Bia = idéias macabras. Vamos de bote até a praia? Claro, vai ser divertido!!! E realmente, foi. Pegamos o bote, e fomos remando, desconjutadamente em direção a praia...parecia uma missão impossível, por quanto mais remávamos, mais longe ficácamos da praia, até que derrepente veio essa marolinha e simplesmente nos levou.

Lembro de ouvir umas vozinhas lá no fundo, que eram do pessoal que ficou na lancha, e quando olhei pra trás, eles estavam acenando insandecidamente para nós. Achamos engraçado e ficamos jogando beijinhos, thauzinhos e risadas. Até que percebemos o por que eles estavam acenando, uma onda veio e atropelou o bote que estávamos.

Foi remo pro um lado, bote pro outro e quilos e mais quilos de areia dentro dos biquinis. A onda quebrou em cima do bote, que já estava alcançando a praia. Foi um terror, ainda bem que a praia estava vazia, por que quando consegui perceber que a areia estava embaixo e eu em cima, vi que meu biquini estava na minha cabeça.

Depois dessa, nem consigo mais me lembrar o que veio, além de uma rápida guerra de açai...E para provar a vocês que a Lê é uma sereia, mais uma fotinho:



Surtado por Betty Boop, as 20:14

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Jaz aqui uma pessoa de 21 anos, paulistana mas arretada da peste, impaciente, iluminada, inusitada, inquieta, intrigante, interessante, instigante, ilustrada, implicante e mais um monte de coisas que começam com i...e com a, b, c, d...

 

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